Terminada que foi a campanha eleitoral para as legislativas
em Portugal seguiu-se, durante o dia de sábado, aquele período a que se convencionou chamar «de reflexão» durante
o qual a Comissão Nacional de Eleições (CNE) proíbe qualquer actividade de
propaganda eleitoral. Isto acontece em teoria porque na prática, os cartazes permanecem
a dois passos das mesas eleitorais e os comentários e opiniões circulam nas redes sociais. Por
isso, considero que os dias que se seguem às eleições são, isso sim, um período
de reflexão. É nesta altura, perante os resultados obtidos pelos partidos
políticos, que se impõe uma reflexão consciente e profunda dos mesmos.
Mais do que o comum dos portugueses, deveriam os partidos
reflectir nas razões que levaram a um aumento da percentagem da abstenção.
Estarão os portugueses desencantados com o sistema político e descrentes na
capacidade dos partidos para resolver os problemas que afectam o país? Terá
sido o mau tempo que afastou os eleitores das mesas eleitorais? Será que os
discursos dos líderes foram pouco convincentes? Que estranha razão terá levado os
eleitores a darem mais votos à PAF do que ao PS apesar das medidas de
austeridade…?
Todas essas questões têm resposta ou até várias respostas e
seria bom que todos mas principalmente quem tem responsabilidades políticas reflectissem
nas causas que levaram aos resultados destas eleições.
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