A
autora, Paula Hawkins, apresenta-nos neste livro três mulheres que, em jeito de
diário, se desnudam ao longo das páginas expondo virtudes e fraquezas o que as
eleva para além de meras personagens de ficção, ao estatuto de seres humanos. As
“heroínas” são duas mulheres que não se conhecem, uma viaja habitualmente num
comboio que infalivelmente para num sinal vermelho em frente a uma casa onde vive
a outra mulher. Durante o tempo em que o comboio permanece parado ela observa o
que se passa na casa da outra que lhe parece ter uma vida perfeita. Mas não há
vidas perfeitas. As vidas são cheias de fracassos e vitórias, momentos de pura
felicidade e de profunda tristeza... Ninguém é o que parece ser. Há uma vida
imensa dentro de cada ser humano para além da vida que aparenta. Cada um
carrega em si vícios, manias e frustrações cuja origem permanece escondida no mais
profundo do seu ser e que raramente ou nunca é revelado.
Quem
nunca se surpreendeu a observar através da janela, a família que mora em frente
ou os vizinhos do prédio que encontra no elevador, com um misto de inveja e
admiração imaginando-lhes uma vida perfeita? Cuidado com o que se observa
porque nem sempre corresponde à realidade…
Na
minha opinião este livro é um bestseller por merecimento (mais de dois milhões de livros vendidos em todo o mundo em
apenas 3 meses) o que nem
sempre acontece. É uma leitura a não perder que nos permite o encontro com três
mulheres que amam, traem, enganam e se deixam enganar e que, independentemente
do sexo, poderiam ser cada um de nós…
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