Em plena pré-campanha eleitoral é espectável que, os
representantes dos diferentes partidos políticos, se esforcem para convencer o
eleitorado através de uma incontida verborreia. Note-se que o recurso à palavra
- verborreia – não se trata de uma mera confusão com a parónima, muito parecida
mas que se refere ao produto expelido
através de um orifício diferente do corpo humano embora o cheiro seja o mesmo…
Os discursos são quase sempre os mesmos com algumas
variantes conforme se trate de partidos de esquerda ou mais à direita. Todos prometem aquilo que não têm a contar com o dinheiro
dos nossos impostos ou dos subsídios comunitários.
Por mais habituado que se esteja a esta verborreia de
políticos e comentadores a quem pagámos balúrdios para nos impingirem a sua
opinião pessoal, não é possível deixar de sentir náuseas perante o chorrilho de velhas propostas restauradas como
sendo as novas soluções para a crise económica e desemprego.
Até
ao momento, esta verborreia resume-se a puros exercícios de retórica que se
resumem à maledicência uns dos outros e à total ausência de propostas concretas
que permitam de facto uma melhoria de vida dos cidadãos mais desprotegidos.
Enfim, no próximo dia 4 de Outubro seremos chamados a dar
o nosso voto para eleger a Assembleia da República, vulgo Eleições
Legislativas. Quando me pergunto em que partido votar, só me lembro que todos,
mas mesmo todos os partidos, aprovaram a
substituição do Tribunal de Contas pelo Tribunal Constitucional logo após aquele
ter detectado irregularidades nas despesas relativas às mordomias dos políticos
e juízes, tais como carros de serviço individuais, cartões de crédito, etc.,
etc. …!
Não me consigo esquecer que
todos, mas mesmo todos os partidos políticos votaram contra a redução do número
de deputados na AR…!
Como cidadão de um país
endividado (para não dizer falido) que dispensa e despede funcionários públicos, mesmo admitindo
que nalguns casos fossem excedentários ou desactualizados, não compreendo por
que não seguir o mesmo critério começando por reduzir as centenas de deputados
que, embora muito trabalhadores (lá por fora da AR) ao que se consta e ainda
por cima, segundo dizem algumas vozes, tão mal pagos… coitados!
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