Na
sequência do meu poste anterior torna-se oportuno esclarecer por que às vezes
gosto de ficar só no meu cantinho a pensar ou então, conduzir e a ouvir música no carro, sentar num sofá a ler um
bom livro ou numa esplanada junto ao mar a pretexto de um café,… Ainda que o facto de estar sozinho não
me leve a lado nenhum, estou seguro do bem que me fazem os longos diálogos que travo comigo mesmo. Nestes diálogos, ora me insulto por certas atitudes que
tomei, ora me incentivo a tomar determinadas decisões… Noutras ocasiões colaboro
até com ideias que me permitem chegar a conclusões através da análise de factos
que me incomodam ou que de algum modo me impressionaram,… Estes diálogos
interiores, recuso-me a chamar-lhe monólogos, ajudam-me a afastar preconceitos
e alterar juízos de valor sobre pessoas, factos e atitudes de modo a minimizar ou
mesmo eliminar a dor que me provocam.
Todas as pessoas deviam
ficar sozinhas de vez em quando de modo a terem a possibilidade de estabelecer
estes diálogos. É extremamente
útil uma reflexão sobre tudo que nos rodeia de modo a ajustar as ideias à sua real
dimensão e ao lugar que lhes cabe na nossa vida. Às vezes não chega ser perdoado pelos outros, é mais importante saber perdoar-se
a si mesmo.
Se é verdade que às
vezes gosto de ficar sozinho, quando vejo casais a passear de mãos dadas, mães
a passear os seus filhos, dois amigos que conversam e riem, chego à conclusão
de que embora goste de ficar sozinho, não gosto de estar só…!
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