Na
idade média, quando as autoridades de um porto suspeitavam que houvesse
portadores de alguma doença infecciosa entre os passageiros ou tripulantes de um
navio, este era obrigado a permanecer ao largo por um período de 40 dias. Deste
facto resulta a designação de quarentena para o período de isolamento dos
indivíduos portadores de algum agente patogénico. Muitas
vezes o termo também é hoje usado num outro contexto, para indicar que
determinado ser deve permanecer isolado por outros motivos que não apenas
doenças contagiosas. Seguramente já todos experimentámos aquela sensação de ser
votado ao ostracismo (de quarentena) por parte de amigos ou familiares devido a
qualquer desentendimento mais ou menos grave. O curioso é que, muitas vezes, na
origem da dita “quarentena”, estão motivos tão fúteis como, pequenas desavenças
familiares, desentendimentos entre amigos ou atritos entre colegas de
trabalho,… Não merecendo, nenhum destes casos uma relevância que justifique a
“quarentena”! Contudo, o orgulho impede que ambas as partes deem o primeiro
passo e lá ficam cada qual no seu canto remoendo os motivos que supostamente
justificam a tomada de decisão de uma “quarentena”. E, inexoravelmente, o tempo
vai passando… Os dias vão somando, 7, 14, 21… 40 dias. Aí, se o amor é forte,
se a inteligência prevalece, se a amizade é sólida,… acaba-se a “quarentena”.
Caso contrário, há sempre o perigo de o “agente patogénico” que a originou, vir
a fulminar um deles… e por vezes, além do que foi posto em quarentena, aquele
que a decretou…
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