Detesto
perder seja o que for. Mesmo a mais pequena coisa sem importância como, por
exemplo, a tampa de uma esferográfica… Estou consciente do ridículo deste
exemplo mas dá para avaliar a gravidade deste meu trauma. Desde que me lembro sempre me incomodou perder qualquer coisa mas penso que se agudizou com as
muitas e sofridas perdas de entes queridos ao longo da minha vida. Mas isso é
outra história que deixo para o psicólogo que ainda não consultei mas que um
dia poderei vir a consultar…
Hoje
quero falar de pequenas coisas, coisas sem importância para o comum dos mortais
mas de importância “vital” para mim. Foi o caso de ao acordar não ver o meu fio
de ouro e a cruz também em ouro. É obvio que o valor monetário do ouro subiu em
flecha com a crise mas para mim o valor sentimental não tem preço. Aquela cruz
(a minha cruz…) tem um valor sentimental incalculável apesar do seu diminuto
peso em ouro. É uma espécie de elo de ligação entre mim e quem a ofereceu. Perdê-la
era como se esse elo se quebrasse. Foi uma procura desesperada entre os lençóis
da cama, debaixo dos sommiers, gavetas da mesinha de cabeceira, banheira e chão
da casa de banho… Não sabia mais onde procurar mas tinha que estar naquele
quarto. Nunca a levo para a praia nem durmo com ela onde poderia tê-la perdido?
Foi então que tive uma epifania. Teria caído atrás da mesinha de cabeceira?
Arrastei a dita e… lá estava a cruz e o fio! Respirei de alívio. Mas como foi
ela lá parar? Muito provavelmente foi a "Fórmula de Deus" que a empurrou quando
pousei o livro para dormir.
Sem comentários:
Enviar um comentário