São morcegos, ou vampiros?
E eu para ali deitado
ouvindo, no ar parado,
as cigarras e os suspiros.
Se alguém fechasse a janela,
se eu pudesse ter sossego!
Vejo os morcegos por ela.
Ó meu amor, meu apego!
Ó lar que jamais terei!
Ó lágrimas que chorei!
E nessa janela aberta
uma lembrança desperta.
Imagino-te a meu lado
e tomo na minha mão
a tua mão já tão fria!
E eu para ali deitado!
Ó meu amor, que ironia
tanto amor e solidão.
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