Sempre achei estranho o comportamento agressivo do meu cão – o Farrusco –
quando eventualmente se confrontava com outros cães. Não encontrava explicação
racional para tanta agressividade dirigida aos da sua espécie e tanta
afabilidade para com os seres humanos até ao dia em que nasceu o meu neto. Aí
eu entendi que tal comportamento era ditado por simples crises de ciúmes que se
exteriorizavam por um amuo ressentido quando nossa atenção se focava na criança
e ele ficava aparentemente esquecido.
Efectivamente, o ciúme além de não ser um sentimento exclusivo da natureza
humana, também não é exclusivo dos amantes. Verifica-se entre pais e filhos,
entre irmãos e até entre amigos (as) já que resulta do medo de perdermos o amor
ou a atenção de alguém de quem gostamos. Nessa eventualidade, nasce o ciúme.
Quem ainda não sentiu, embora sem o assumir, ciúmes do amigo de um nosso
amigo, só porque rivaliza connosco a sua atenção e convívio?
Há dias assim em que nos assola a desagradável sensação de ficar excluído perante uma outra amizade
de um nosso amigo. Aí surge o tal sentimento – o ciúme…
Jorge Leal
“O ciumento passa a vida a procura de um segredo que possa destruir a sua
felicidade.”
(Axel Oxenstierna)
Pois é...o nosso Farrusco deu-nos uma grande lição de vida...o ciúme mata...mas o desprezo também...se o tempo voltasse para trás...bjo
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