Como explicar então que numa fração de
segundo, sem motivo aparente, tão depressa estou em pé como logo em seguida
estou estendido no chão…? E para agravar mais ainda a situação, vou de cara ao
chão, bato com o maxilar inferior o que tem como consequência um dente lascado
além de várias contusões ao nível da anca, joelhos e cotovelos… Foi como se
alguém me empurrasse e literalmente me “afocinhasse” de cara no chão… Não, não
sou pessoa de cair com frequência. Lembro-me que a última vez que caí faz já
cinco anos e meio. Esta foi inquestionavelmente uma queda inexplicável,
portanto incompreensível… Daí a mina expressão quando me levantei, combalido –
alguma bruxa me viu…
Se perguntarmos à maioria dos mortais se acreditam em bruxas, a resposta
será invariavelmente – não acredito. Mas então como explicar a consulta diária
do horóscopo e do mapa astral e da proliferação nos média de anúncios de magos
e bruxos…?
Um número considerável de pessoas acredita
na existência de fatores sobrenaturais que explicam ocorrências (boas ou más)
para as quais não encontram uma explicação racional. Mas há também um grande
número de indivíduos que não acreditam nessas forças sobrenaturais – os
céticos.
Considero-me incluído naquele grupo da
meia-crença – half-bilief. Ou seja, aqueles indivíduos que acreditam sem
acreditar…
Sei que tenho “lá em cima” alguém que
gosta de mim mas, dados os factos, devo ter também quem não goste nada de mim…
Há dias assim em que até acreditámos… no que não
acreditámos…
Jorge Leal
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