Preencher todos os espaços vazios, não é mania, é uma doença. Qualquer prateleira ou gaveta com espaço livre é
rapidamente ocupada com fotografias, salvas em prata, bibelôs, seja o que for desde
que sirva para encobrir esta doença aos olhos mais curiosos e do próprio
indivíduo…
Qualquer obsessão levada ao extremo é uma
verdadeira doença. Ser acometido pela doença (prefiro chamar-lhe fobia) ou
horror ao vazio, talvez nem se aperceba. O Museu Fernando de Castro, em plena cidade
do Porto, já no seu tempo, definiu "a obsessão em preencher todos os
espaços vazios, designada por alguns historiadores como o horror ao vazio tão ao
gosto de Fernando de Castro levado ao extremo". Serve como exemplo mas não
desculpa que se confunda. Não haja confusão entre fobia e medo. Está provado que a genética acumula e guarda
a memória dos perigos cujos genes se transmitem de geração em geração. Graças a
esta capacidade, explica-se o medo do escuro ou de uma rua demasiado estreita, o
medo de ser atropelado sem prestar atenção antes de atravessar, o medo das
altura, de aranhas...
Ao contrário dos medos, qualquer fobia atrapalha
a capacidade de pensar racionalmente e geralmente desencadeia, qualquer evento que
tenha originado um trauma que ocorreu na infância ou adolescência.
De fato, as fobias são uma doença mental,
embora existam muitos tipos de fobias. Ao
contrário do medo, que muitas vezes é inato, as fobias são geralmente desencadeadas
por qualquer evento traumático.
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