Diariamente ou quase, sou confrontado com
pessoas que por vezes se encontram com outras pessoas que conhecem mas que não
se vêm há muito tempo. Entabulam então longas conversas geralmente intercaladas
com a obstrução do caminho de quem tem pressa.
Não tenho nada contra estes breves convívios
que até considero extremamente agradáveis pela troca de impressões e
confidências que originam, só é de lamentar que esses encontros impeçam a livre
circulação dos outros cidadãos… Claro que isso depende em muito do grau de
civismo de cada um e não da sua condição económica.
Enquanto esperava a minha vez para pagar, uma
frase ficou a pairar no ar… O que podia ser uma atitude normal e até
inteligente, fez-me refletir sobre a frase, “agora já não me importo” que dita
por mim teria certamente um significado muito diferente. Na realidade as duas
amigas estariam a referir-se a algo ou alguém cuja perda deixou de ter
importância, algo que passou ou sendo mais radical, algo que deixou de existir…
Como já foi dito, o contrário do amor não é
o ódio, mas a indiferença.
Na minha opinião, não existir, significa que o objeto em causa não era
assim tão importante…
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