De
acordo com os princípios que o norteiam, o partido de Jerónimo de Sousa (acompanhado
pelo BE, PEV, PAN e CDS) votou contra o Orçamento Retificativo manifestando
assim a discordância pela forma como foi decidida a venda do banco Banif. Quem
diria, até há bem pouco tempo atrás, que iria estar de acordo com Jerónimo de
Sousa quando diz que já chega de “salvar” bancos particulares à custa dos
contribuintes, bancos que, quando conseguem lucros os dividem pelos entre os accionistas
mas quando têm prejuízos recorrem aos empréstimos estatais!
No
fundo, isso só veio confirmar a forma esclarecida e isenta de partidarismos como
me posiciono perante a vida.
Desde 2008 até aos dias de hoje, ainda nenhum Governo, PS ou
PSD, deixou cair um banco pela simples razão
de que, deixar ir à falência um banco (com garantia dos depósitos), tem
um custo mais elevado do que mantê-lo em funcionamento à custa do dinheiro dos
contribuintes. De acordo com o BCE, as
ajudas ao BPN, o BPP, o BCP, o BPI e o Banif orçam em cerca de 19,5 mil
milhões de euros…
Há muito que os bancos se aperceberam que os sucessivos
governos não têm coragem para os deixar “cair”. Já é tempo de mostrar a estes
senhores que o crime não compensa. Já
é tempo, camarada Jerónimo, de mostrar que os tem no sítio e exigir uma
alteração das políticas que protegem a banca permitindo a falência dos bancos com
problemas de solvência. Sei
que isso implica perda de postos de trabalho e também acarreta o aumento do
défice, mas também acredito que nunca mais um banco abriria falência na
contingência da prisão e penhora dos bens pessoais dos “donos” do banco. Força
Jerónimo!
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