Prometo
que não vou entrar aqui numa de brejeirice como logo se faz supor quando se
fala na terceira perna… A esse propósito recordo sempre um colega de trabalho que
contava aquela graçola já muito estafada de dizer: “Já repararam que tenho uma
perna mais curta?”. Como não se notava tal anomalia, era sabido alguém responder;
não, não se nota nada. Qual é? Ao que prontamente respondia: “a do meio”. Apenas
ele ria com gosto e nos obrigava aquele riso forçado politicamente correcto…
Mas
não era isto que tinha em mente quando comecei a escrever este texto com muito sacrifício
por estar sentado de lado… Por isso mesmo me lembrei como seria prático termos
não duas mas três pernas… e por que não também três braços?! Assim, em caso de
acidente (como o que me aconteceu), teríamos sempre o recurso a uma perna
suplente. Já não sou apologista de duas cabeças porque pressinto que entrariam
em conflito de interesses e não chegaríamos a parte nenhuma… mas com três
pernas, sim. Concordo que, em determinadas situações, a tal terceira perna
poderia tornar-se bastante incómoda… Já o terceiro braço me provoca o dilema
onde deveria estar implantado? Pensando melhor, acho que deveríamos ter não
três mas quatro braços. Assim ficava resolvido o problema, colocando dois de
cada lado como aquelas deusas hindus. Do mesmo modo em vez de três, deveríamos
ter quatro pernas. Agora estaria eu confortavelmente sentado em vez de estar
aqui de lado com uma nádega fora da cadeira devido ao hematoma no glúteo
esquerdo devido ao meu estrondoso bate-cu…
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