Não sei
onde li ou se realmente li que “nunca se deve voltar ao sítio onde já fomos
muito felizes.” Depois de muito pensar e de algum tempo de permeio, permito-me
discordar. Devemos voltar, sim. Imensas vezes, tantas quanto nos der na gana.
Voltar
aos lugares onde já fomos felizes é um risco, mas é um risco calculado. Lá
encontrámos emoções, momentos que ficam guardados para sempre no nosso coração,
todo um passado.
Voltar,
é a palavra de ordem. Mas voltar não é garante de sofrer a mesma ausência, de encontrar
expectativas geradas no tempo em que já fomos felizes. Por muito que se tente, não
é possível ir à espera de sentir o mesmo que já foi sentido antes. Enfim,
voltar onde já fomos felizes, acaba por ser muito relativo. Depende das
circunstâncias em que ocorre o tal regresso e graças a elas, tornei-me naquilo que
hoje sou.
Voltar é
a palavra de ordem sem esquecer que regressar nunca é verdadeiramente um
regresso. É antes um voltar com outra disposição, outros sentidos…
Desengane-se
quem vai aos mesmos sítios em busca de um passado que não volta.
Pode-se
regressar para recordar, mas nunca para voltar a sentir o que se sentiu.
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