Homem de
parcas palavras, fui “fadado” mais para ouvir do que para falar. Este sou eu,
tal como consigo definir-me.
Deixem-me
ir avisando que não se nasce assim, é a vida que nos faz. Confesso que com uma
pequena ajuda da genética.
Não sei
se já era, mas acho que me tonei, com o tempo, num bom ouvinte. Para divulgar as
minhas ideias, basta-me um papel e lápis.
Bem,
isto é maneira de falar…
Como
disse Epiteto, possuímos dois ouvidos e
uma só boca para que possamos ouvir mais do que falámos por isso nada faço
que contrarie a minha apetência de escutar. Ensinou-me a vida que não basta ter
a capacidade de compreensão para ser um bom ouvinte. É preciso ser capaz de ver
o mundo através dos olhos do nosso interlocutor. Gostar de ouvir e colocar-se
no lugar do outro, o que permite ver com mais atenção o problema dos outros. Ao
mesmo tempo, consegue-se uma maior tolerância ao ambiente que nos cerca.
Pode dizer-se
que é este o segredo, se é que existe algum segredo, para se ser um bom
ouvinte.
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