Não sou
muito de homenagens, contudo abro uma excepção quando se trata de alguém muito
próximo, como é o caso. Desta vez e por que sempre me lembro desta poesia
quando se fala em insónias, noites mal dormidas ou dias que tardam em chegar…
Ó dia! Vem!...
Vem afastar a noite imensa
onde a minha dor não cabe
vem ofertar-me a esperança
na harmonia dos sons prenunciando a alvorada,
nos tons suavíssimos do horizonte
quando sorris despontando,
na volúpia morna do sol regressando!...
Ó dia! Vem!... vem na bênção da manhã!...
E à tarde,
quando imperturbáveis
rolarem as horas quentes do desejo,
- Aquelas horas de pasmo
que a Natureza gerou
para os seres se possuírem,
quando os meus olhos se entornarem de crepúsculo,
e a luxuria da tristeza,
e a inconsolável melancolia,
se apossarem de mim, despedaçando-me,
Ó dia! Verte em minha dor o absinto da resignação!...
Ó dia! Vem!...
Vem e não findes neste alucinante assombro!...
Que outra noite
não suceda a esta noite onde enlouqueço!...
Que um outro morrer de dia
Não me envelheça uma vida!...
Ó dia! Vem!
Mesmo se fores o último onde eu viva.
Vem afastar a noite imensa
onde a minha dor não cabe
vem ofertar-me a esperança
na harmonia dos sons prenunciando a alvorada,
nos tons suavíssimos do horizonte
quando sorris despontando,
na volúpia morna do sol regressando!...
Ó dia! Vem!... vem na bênção da manhã!...
E à tarde,
quando imperturbáveis
rolarem as horas quentes do desejo,
- Aquelas horas de pasmo
que a Natureza gerou
para os seres se possuírem,
quando os meus olhos se entornarem de crepúsculo,
e a luxuria da tristeza,
e a inconsolável melancolia,
se apossarem de mim, despedaçando-me,
Ó dia! Verte em minha dor o absinto da resignação!...
Ó dia! Vem!...
Vem e não findes neste alucinante assombro!...
Que outra noite
não suceda a esta noite onde enlouqueço!...
Que um outro morrer de dia
Não me envelheça uma vida!...
Ó dia! Vem!
Mesmo se fores o último onde eu viva.
Maria Bernardette
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