Esta
mania de não assumir a culpa não é um exclusivo do povo português, contudo este povo goza
dessa fama perante o mundo. Dizem que este povo tem a estranha mania de não
assumir a culpa, seja do que for. Não há dúvida que se trata de uma maneira de
ser no mínimo estranha!
Com
efeito, somos um povo especial, muito diferente dos outros povos latinos. Somos
um povo melancólico, até certo ponto contraditório, que se distingue dos outros
povos, apesar do sangue latino que nos corre nas veias. Começando pela tolerância,
apanágio do português daí ser apelidado de povo
de brandos costumes, não parava de lhe tecer elogios. Mas no que diz
respeito a carregar com a culpa, o português nunca assume a parte que lhe cabe
nessa responsabilidade. As coisas
acontecem por que é esse o seu destino, são fruto de um DESTINO contra o qual nada
se pode fazer. Tudo que acontece é fruto desse destino cruel e fatídico.
Ao
português é que não cabe a culpa seja do que quer que aconteça. Se o país está
como está, a culpa é dos maus políticos que temos. No que respeita ao futebol,
se perdemos, a culpa é dos árbitros que não sabem o que estão a fazer. Se os
nossos filhos ou netos reprovam, a culpa é da professora que não sabe ensinar.
Se o médico não acerta no diagnóstico, a culpa é do médico que é incompetente e
por aí fora…
Como
povo latino, o português já demonstrou a capacidade de realizar grandes coisas como
o comprova a história, não ignorando que somos um povo especial.
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