Estou em crer que não
há quem, em algum dia, não tenha sentido aquela sensação de vazio aquando da
ausência de alguém. Não importa se essa ausência é temporária ou definitiva. A
sensação de vazio é a mesma… Obviamente que é condição sine qua non que esse
alguém tenha tido ou tenha uma importância relevante na vida de quem sente esse vazio.
No teatro da nossa vida, cada personagem ocupa um determinado lugar conforme a sua importância. Se algum desses personagens parte, por qualquer razão, o seu lugar fica vazio e aí sentimos essa sensação que ainda não é saudade mas mais uma falta…
No teatro da nossa vida, cada personagem ocupa um determinado lugar conforme a sua importância. Se algum desses personagens parte, por qualquer razão, o seu lugar fica vazio e aí sentimos essa sensação que ainda não é saudade mas mais uma falta…
Na tentativa vã de
preencher esse vazio, há quem aceite relacionamentos que à partida se prevê não
terem qualquer futuro, outros, gastam somas consideráveis em compras das quais
não tinham a menor necessidade, outros ainda, aceitam convites para locais onde
nunca pensariam visitar ou conviver com pessoas com as quais não tinham a menor
afinidade…
Na verdade, não há
maneira de nos livramos da sensação de vazio mas podemos decidir como viver com
ela. Há quem se entregue a essa angustiante sensação de vazio fazendo da sua
vida um mar de lamentações ou aceitar o facto de que ninguém pode ocupar o
lugar de quem partiu… Como acontece no teatro, os lugares estão marcados no
bilhete de ingresso e cada um ocupa o lugar correspondente…
A nós, compete-nos
continuar a representação do papel da nossa vida. The show must go on…
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