Ultrapassadas as cerca de 105 páginas do livro em que se debatem dogmas das diferentes religiões, começa a desenrolar-se a história da vida de Pi e a descrição dos 227 dias no mar após o naufrágio na companhia de uma zebra, uma hiena e um tigre…
A narrativa dos 277
dias no mar a bordo de um bote salva-vidas está imbuída de uma inocência que o
primeiro capítulo ajuda a compreender justificando-se então as 105 páginas em
que Pi busca Deus em várias religiões aderindo a todas elas.
Muito a propósito do que tenho escrito sobre Deus e a religião, nesta história Pi experimenta uma pluralidade religiosa (hindu, cristã, islamita,..). Seguramente defende-se aqui a universalidade de Deus, isto é, diferentes nomes para um só Deus. Porquê então tanto fanatismo e fundamentalismo quando todos adoram o mesmo Deus…?!
Porém, no final do livro
aguarda-nos uma surpreendente segunda história narrada por Pi. E
então, qual a versão verdadeira? Não importa realmente, embora me incline mais
para a segunda versão, mais realista…
Pela primeira vez, sou de opinião que é preferível ver o
filme muito mais poético a todos os níveis à leitura do livro numa narrativa demasiado
pormenorizada e consequentemente fastidiosa. Confesso que, de certo modo, o livro me
decepcionou. É a minha opinião!
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