Hoje
era o dia de voltarmos ao hospital da CUF por volta das 12h. Fomos na incerteza
se seria hoje que o “meu menino” iria retirar os ferros inseridos no osso do
bracito. Depois de uma longa espera (também se espera no privado),
foi tirar uma radiografia para o médico se certificar que estava tudo bem. Fiquei na sala
de espera, só minha filha o acompanhou. Ouvi-o chorar o que naturalmente me
angustiou. Enquanto esperávamos para mostrar a radiografia ao médico, ficámos a
apreciara a agradável arquitetura deste hospital. É um ambiente que predispõe a
um astral positivo mesmo estando doente como é o caso da maioria dos
visitantes/utentes. Tivemos a sorte de estar um dia lindo de sol que penetrava
através dos vidros da cobertura.
Com
a radiografia na mão fomos recebidos de novo pelo médico que nos assegurou
estar tudo em ordem para retirar os tais ferros inseridos no osso. Aquela
mãozinha permanecia apertada na minha até que o sentaram numa marquesa. Eu e
minha filha mantivemos o contacto físico acariciando o seu corpinho tão frágil
tentando apoiar a criança naquele momento de angústia agravada pela nossa
impotência perante o sofrimento que se avizinhava.
Não
encontro palavras para descrever o que sentimos ao ver arrancar aqueles ferros
e ver o sangue jorrar dos orifícios… Se a nós nos doeu, imaginem o que teria
sentido o pequenito!
“Que quem já é pecador sofra tormentos, enfim! Mas
as crianças, Senhor, porque lhes dais tanta dor?!... porque padecem assim?!...”
Gostava de saber, mas também não sei!
ResponderEliminarSerá que pagam pelos nossos pecados?
Espero que não...
Olga