Que verá Alice do outro lado do espelho? Talvez
outro universo onde os animais falam e os personagens da estória têm
comportamentos fora do que considerámos normais. Nesse nundo não há fome nem
guerras, há flores por todo o lado. Numa mesa farta, as chávenas são de
porcelana fina onde o chá fumega … mesmo assim Alice pensa partir e pergunta ao
gato com muita educação, “Poderia dizer-me, por favor, qual o caminho para ir
embora daqui?
Isso depende
muito onde quer ir, respondeu o Gato.
Para mim,
acho que tanto faz disse a menina.
Nesse caso,
qualquer caminho serve, disse o Gato.
Desde que eu
chegue a algum lugar, completou Alice.
Ah, mas com
certeza que vai chegar, desde que caminhe bastante. Mas eu não quero meter-me
com gente louca – retorquiu Alice.
Mas isso é
impossível, disse o Gato. Porque todo a gente aqui é meio louca. Eu e você
também.
Como pode
saber se eu sou louca? disse a menina.
Mas só pode,
explicou o Gato, ou não teria vindo parar aqui.
Alice achou
que isso não provava nada. No entanto perguntou: E como sabe que é louco?
Para já, disse
o Gato, um cachorro não é louco. Concorda?
É…, acho que
sim, disse Alice.
Pois bem, continuou
o Gato. Você sabe que um cachorro rosna quando está zangado e abana o rabo
quando está feliz. Mas eu faço o contrário, rosno quando estou feliz e abano o
rabo quando estou zangado. Portanto, sou louco.”
(Alice
No País das Maravilhas)
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