Como todos sabem, no
próximo domingo comemora-se a entrada (triunfal) de Jesus Cristo em Jerusalém. Nesta
cidade o Messias foi aclamado pela multidão como sendo o Filho de Deus…
Se nenhuma outra
importância tivesse, o Domingo de Ramos marca o inicio da Semana Santa culminando
na Páscoa no domingo seguinte. Como forma de comemoração, os católicos mantêm o
velho hábito de levar os ramos a uma igreja das redondezas para serem benzidos.
Esta época representa para alguns uma religião e, para outros, é mais um pretexto
para comer o cordeiro assado e beber ainda melhor.
A missa, obrigatória para
quem é religioso, foi durante muitos anos designada por Missa Seca… na verdade era
uma autêntica seca para quem era obrigado a assistir. Com o correr dos anos esse hábito foi-se perdendo apesar de nunca ter
sido um hábito familiar muito enraizado. Neste domingo deve oferecer-se um ramo
à madrinha que por sua vez se vê na obrigação de dar o “folar” aos respectivos
afilhados. É a tradição.
Apercebo-me neste
momento que não sou padrinho de ninguém. Não que não tenha sido convidado algumas
(raras) vezes para o efeito. A profissão e a mobilidade a ela associada,
impediu a propagação dessa característica do ser humano que é a inconstância. Este
sentimento é muitas vezes confundido, com a volubilidade e infidelidade do ser
humano. No entanto, muitas pessoas são instáveis, indecisas quanto ao que
esperam da vida sem contudo poderem ser apelidadas de inconstantes.
Há quem procure hoje
algo que esquecem amanhã! É nisto que se verifica a inconstância do ser humano
que não tem uma visão muito nítida do futuro, ao qual atribui uma importância que
responde apenas às necessidades imediatas.
O comportamento do povo
da antiga Israel é um óptimo exemplo de inconstância ao atapetar a calçada com
ramos de oliveira e palmeira para receber um Jesus que chega montado num
jumento apesar de se dizer rei dos judeus…
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