Após finalizar a
leitura de um livro, tenho por hábito dar um tempo de espera antes de iniciar outro.
Este tempo torna-se necessário para desligar das personagens e da própria
história do livro anterior. É um tempo destinado a fazer a “digestão” de todas
as lições de vida e ensinamentos captados directamente do enredo da história.
Tendo desistido da leitura das Cinquenta
Sombras de Grey, por não lhe reconhecer o mérito de tanta publicidade que
lhe foi dirigida, iniciei de imediato a leitura (bem mais levezinha) de Um homem de sorte de Nicholas Sparks. A
ausência desse tempo de espera revelou-se um erro crasso. Dei por mim a
confundir as personagens de um livro com as personagens do outro. Afinal tinha
razão de ser aquele tempo de espera que tinha por hábito fazer. Do mesmo modo,
também as pessoas vêm e vão, entram e saem das nossas vidas, tal como as
personagens de um livro. Quando acabámos a leitura de um livro, as personagens acabaram de contar a sua história e então procuramos outro livro, com novas personagens e nova
história. Por vezes, para nos ocuparmos das novas personagens, é necessário esquecer as do passado.
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