Etiquetas

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

QUEM TEM CU, TEM MEDO


O temor natural é importante para a nossa sobrevivência, sem ele, ficaríamos vulneráveis a imensos perigos. O medo excessivo ou patológico (fobia) não tem outra utilidade que não seja causar sofrimento. Sou capaz de distinguir os meus medos das minhas fobias mas não me preocupo muito em classificar os meus temores. Se me preocupasse em fazer a destrinça entre medo e fobia, ia chegar à conclusão de que a maior parte dos meus temores são fobias. Por exemplo, tenho medo de certas raças de cães, de ficar fechado num elevador ou em qualquer espaço, de multidões…
De um modo geral, consigo controlar os meus medos ou fobias sem entrar em pânico. Consigo disfarçar o desconforto perante uma dessas situações.
Toda a gente, no fundo, sente medo de alguma coisa por mais corajosos que tentem parecer. Recordo muitas vezes o que minha mãe dizia para desculpabilizar esses temores: Quem tem cu tem medo. Nessa época não alcançava o sentido de tal expressão. Hoje o significado torna-se óbvio: Como toda a gente tem cu, toda a gente tem medo.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...