Há dias em
que a gente já se levanta (ou deita) zangado com a vida simplesmente porque
algo não correu de acordo com o que havíamos previsto. Outras vezes, a nossa
zanga é dirigida contra alguém em concreto simplesmente porque não correspondeu
às nossas expectativas ou porque ultrapassou determinados limites por nós
estabelecidos mas que o desgraçado desconhece… Na origem de uma zanga podem
estar motivos muito válidos e pertinentes mas também podem ser perfeitamente fúteis
e que em nada a justificavam nem que alguém seja o alvo contra a qual a
dirigimos… Tal como dizia Aristóteles, “Qualquer um pode ficar zangado - isso é
fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na intensidade correta, no momento
adequado, pelos motivos justos e da maneira mais apropriada - isso não é fácil.”
Não sou de
opinião que se interiorize a zanga, isso faz com que se acumule um sentimento
de frustração que mais tarde ou mais cedo acaba por ter consequências a nível do
sistema nervoso. Por outro lado, a sua exteriorização descontrolada conduz a
situações de exagero a nível verbal e em casos extremos, mesmo a nível físico.
Para evitar tais situações, é preciso tentar perceber qual o motivo da zanga, analisar
cuidadosamente se de facto houve algo que nos irritou ou se é apenas fruto das
nossas emoções.
Mas se há
dias em que se consegue distinguir o verdadeiro motivo de uma zanga e reagir da
forma mais racional, outros, nem por isso…
Há dias
assim.
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